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  • 2008
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Resenhas de Macakongs 2099 até Vougan

O que fazer para ter novamente no palco do Porão do Rock a banda brasiliense com o melhor show da atualidade?

Erich (voz), Maldita

Macakongs 2099 – Só pelo discurso do Phú em relação à Abrafin e pelas participações de Gog e Túlio (DFC) o show já teria seu destaque, mas a melhor noticia foi que o hardcore da banda foi o ponto alto da apresentação, as vezes até ensurdecedora, mas contagiante.

Maldita – Uma instrumental de quem se leva a sério, mas com uma postura cômica, teatral, sado masoquista que é pura vergonha alheia (em um momento tentaram colocar uma coleira em uma garota apelidada “Sodomia”, depois lhe puxaram pelos cabelos e por fim amararam a garota junto à bateria). Para completar o vocalista (que se lambuza de vermelho para dizer que é sangue) canta com uma voz fininha muito parecida com a voz do vocalista do Massacration.

Moretools – Continuo achando que os integrantes da banda competem entre si para ver quem faz mais barulho. Na verdade parece que cada um toca uma música diferente ao mesmo tempo.

Sandro (voz), Mozine (baixo e voz), e Brek (bateria), Mukeka di RatoMQN – A banda, cada vez mais precisa e segura, faz um show que não é voltado para brodagem ou mesmo para o público a preocupação maior do MQN é se divertir. Se de tabela os outros acabarem se divertindo, bom também.

Mukeka Di Rato – No começo parecia que eles não iriam render, mas acabaram fazendo um bom show e ainda saíram de palco com essa pérola “Foi ótimo tocar para esse PúbliCUZÃO”. Melhor definição para boa parte do público impossível.

Nancy – A banda tem tudo para agradar, mas ainda fica devendo no palco, desnecessária a cover do (pasmem!) Chiclete Com Banana, e mesmo que o som da Supergalo tenha prejudicado por conta do volume, a Nancy não mostrou porque veio.

Eric Pasquereau (voz e guitarra), Arthur de La Grandiere (guitarra) , Papier Tiger
Papier Tigre
– A banda que era desconhecida até dos mais “antenados” da capital, surpreendeu com a sua apresentação, das bandas gringas desconhecidas, fizeram o melhor show.

Nitrominds – Uns dos shows mais legais da noite. Anos de experiência fizeram toda a diferença, mesmo que com a distância do público nem todas as músicas tenham agitado como costumam fazer em lugares menores, a banda mostrou competência e nos deixou felizes por não terem sido seduzidos pelo tal de Emo Core.

O Círculo - Pop-Rock com muita pretensão (tocam até cover do Gonzaguinha!), mas pouco eficiente, não funcionou ao vivo, mas não foi por falta de apoio, o público - que estava pulando com qualquer som mais animadinho – bem que fez a sua parte.

Orgânica - É o trabalho paralelo do Bacalhau (Ultraje), com Ortega (ex-Pavilhão 9) e a vocalista Candy(da). Tem pegada, tem vocal, mas ainda falta um plus para que a banda não se transforme apenas em mais uma banda “Pop Pesadinha”.

André (guitarra e voz), NitomindsPodrera – Cabe aqui dizer, tão somente que o som segue a mesma linha do nome da banda.

Rafael Cury & The Booze Bros – Fizeram um competente show apresentando “mais do mesmo”, ou nesse caso, Rock Setentista sem muito espaço para demonstrarem uma identidade própria. No curto show justamente os destaques foram justamente as covers “With a little help from my friends” (Beatles), “Evil” (Cactus), “Remedy” (Black Crowes) que podem estigmatizar a banda.

Sapatos Bicolores – A mais gaúcha das bandas brasilienses colocou todo o seu Rockabilly em nome da diversão, se tivessem tocado mais para o meio do festival teriam causado melhor impressão.

Sayowa – Uma banda de Heavy-Metal tocar cover do Chico Science (“Manguetown”), não só é apelação como é perda de minutos preciosos para mostrarem material próprio.

Alex Mattos (guitarra), SuperStereoSurfSupergalo – Tentaram, mas não deu certo, estava na cara. Em alguns momentos do show da banda era possível ver que absolutamente NINGUÉM estava ao menos com um dos braços erguidos. A Supergalo não passa de uma Rumbora (que hoje não passa de uma Astros) e como uma piada pronta, a cover de “Tempo Perdido” (Legião Urbana) definiu bem o que foi a apresentação para muitos presentes.

Super Stereo Surf – Grata revelação, a banda de Surf Music Instrumental além da boa apresentação saiu com um ponto a mais por não ter tocado “Mirsilou”.

The Pro - É mesmo um Moptop mais “saidinho” e menos Strokes. Fizeram show para uns poucos e não chegaram a provocar reações animadoras, mas em compensação também não inspiraram ódio.

The Tandooris – Foi um show muito estático embora as músicas fossem executadas “no talo”. Diretos do aeroporto para o Porão (por causa dos atrasos no aeroporto de Congonhas) talvez as horas de espera para embarcarem e a fadiga da viagem tenham feito mal para os argentinos, que pelo menos nos discos são uma competente banda.

Darío “El Taurino” Tandoori (voz e guitarra), the TandoorisTom Bloch – Se a banda dependesse desse show para mostrar sua competência, poderia pendurar as chuteiras. É possível dizermos até que o show não aconteceu, o som vindo do palco principal na hora da apresentação da banda Canastra abafou o som da Tom Bloch no Palco Pílulas. Ume pena.

Vai Thomaz no Acaju - O que fazer para ter novamente no palco do Porão do Rock a banda brasiliense com o melhor show da atualidade? Promova uma grande Jam Session que tenha como base a banda Moveis Coloniais de Acaju. E assim, Gabriel Thomaz (no Acaju) vocalista e guitarrista da banda Autoramas, se juntou além do MCA, há (ex-) integrantes de bandas como Maskavo (ainda) Roots, Prot(o), Radical Sem Dó e executaram pequenos clássicos da música brasiliense como Besta Mole” e “Tempestade” (Maskavo Roots), “Palhas do Coqueiro” (Raimundos), “1, 2, 3, 4″, “Stock Car´s Theme”, “O sol eu não sei” e “Família que briga unida permanece unida (Little Quail). O show embora tenha sido curtido pela maioria foi mais voltado para velha guarda rock da cidade.

Vougan – Metal Melódico para iniciados e virtuose para entendidos, saíram como chegaram, sem maiores estardalhaços (rimou).