• Porão do Rock
  • 2001
  • Resenhas dos Shows de Sábado - Palco Principal

Resenhas dos Shows de Sábado - Palco Principal

GRAMOFOCAS
Os garotos franzinos do Gramofocas abriram o palco principal mostrando todo o barulho que pode ser feito com os três acordes do punk rock. Fizeram um show irreverente, tocando cover do Polegar. Sim, é exatamente aquela boys band formada pelo Gugu nos anos 80. Os Gramofocas ainda usaram sua meia hora de apresentação para gritar hey ho let's go dos Ramones e fazer um arranjo punk para a vinheta da loja Madecor. Quem não se lembra dos versos "qualidade com preço melhor, Madecor"?

AMANITA MUSCÁRIA
chama atenção por causa da flauta de Roberto, que por sinal, é o que a banda tem de melhor. O vocalista Derez é um belo performer. Enquanto os músicos do Amanita tocavam o rock misturado com ritmos regionais (mais precisamente do sertão nordestino), Derez pulou na área destinada aos fotógrafos em frente ao palco, para se exibir para um cinegrafista. Teve de correr por trás do palco para continuar a apresentação.

MOPHO
O revés da noite foi no momento da apresentação dos alagoanos do Mopho. Não por causa do rock anos 70 da banda - muito bom, diga-se de passagem - nem pelo vocal viajado e tranqüilo de João Paulo. O problema foi a garotada hard core que começou a jogar garrafas de água e latas no palco. Lamentável, porque o Mopho foi uma das melhores coisas que passaram pelo palco principal no sábado. Ao final da apresentação, o baterista Hélio Pisca desafiou. "Vocês deviam ao menos respeitar quem queria ver o show. Os políticos não vem, mas mandam os filhos", disse, recebendo do público, um palavrão em resposta.

PROT(O)
A promessa brasiliense Prot(o), sem meias palavras, tocaram rock e do bom. Até o cover foi bem escolhido: The Who. As figuras da banda vieram de outras de certo prestígio na cidade. É o caso do vocalista e guitarrista Pinduca, ex-Maskavo Roots. Uma dúvida é quanto a Rafael. O guitarrista também é vocalista do Bois de Gerião, a outra banda com boas chances de conquistar o público nacional. Vai ser difícil escolher se os dois grupos estourarem ao mesmo tempo.

PLÁSTIKA
Os donos do Porão, o Plástika, vieram com seu pop radiofônico e o carisma de sempre. Uma boa apresentação para as pessoas que estavam na área vip e meia boca para o público "atrás da cerca". Tocaram seu hit obrigatório "Boa Sorte", do primeiro CD Misthiura.

ZAMASTER
Outros donos do festival, fizeram muito barulho e só isso.

SQUAWS
Os cariocas Squaws lembram Rage Against The Machine, não apenas no som como também na fisionomia do vocalista Agui. Fizeram o melhor show da noite. Alternaram momentos para pular e para viajar, com letras socialmente engajadas e muito groove.

PRAVDA
O Pravda, outra dona do festival, entrou em seguida com cinco percussionistas batendo galões e latas. Foram a melhor coisa na apresentação dos brasilienses que nem tocaram 66, a música mais conhecida.

MARY'S BAND
A banda colocou a guitarra no último volume e mandou ver. Conquistaram o público com as músicas que estão tocando na rádio e MTV. "Happy Birthday Fuck You" foi o auge e fim da apresentação.

RUMBORA
Sem abaixar o som das guitarras, o Rumbora se apresentou para o seu público, com o prestígio de ser a única banda de rock ativa de Brasília em evidência no cenário nacional. Além das músicas conhecidas ainda marcaram um gol com a presença de Digão, ex-Raimundos. Encerram a apresentação com chave de ouro com a música "Eu Quero Ver o Oco".

MUNDO LIVRE S.A
Fred 04 entrou no palco com seu Mundo Livre S/A com a postura de um guitar hero. Abriram o show com "Concorra a Um Carro", a música mais pesado do mais recente disco Por Pouco. A banda optou por convidar músicos de Brasília para fazer o naipe de metais, pena que o trio se atrapalhou em algumas passagens.
Quando trocou a guitarra pelo cavaquinho, ergueu o instrumento e ironizou. "Agora é heavy metal", mandando, em seguida, a deliciosa "O Mistério do Samba". Fred continuou ironizando. "Agora vou tocar hard core", e começava os primeiros acordes de "Alice Williams", do Carnaval na Obra. Foi perfeito para viajar no som dos caranguejos com cérebro de Recife/ PE.
Era fechar o olhos e deixar o groove do mangue guiar o movimento do corpo. Fred 04 entrou no palco com seu Mundo Livre S/A com a postura de um guitar hero. Abriram o show com "Concorra a Um Carro", a música mais pesado do mais recente disco Por Pouco. A banda optou por convidar músicos de Brasília para fazer o naipe de metais, pena que o trio se atrapalhou em algumas passagens.
Quando trocou a guitarra pelo cavaquinho, ergueu o instrumento e ironizou. "Agora é heavy metal", mandando, em seguida, a deliciosa "O Mistério do Samba". Fred continuou ironizando. "Agora vou tocar hard core", e começava os primeiros acordes de "Alice Williams", do Carnaval na Obra. Foi perfeito para viajar no som dos caranguejos com cérebro de Recife/ PE. Era fechar o olhos e deixar o groove do mangue guiar o movimento do corpo.